É plantada junta a corrente,
Que por água é regada em todo momento,
Seus frutos desabrocham tão somente,
Na estação apropriada sem lamento.
Escorrem por entre o corpo docente,
Na escola dos lagos sem tormento,
Nasce, cresce, desenvolve sutilmente,
O aroma traz abundância de alimento.
Por anos é transladado o seu caminho,
Amadurece o coração despertando sabedoria,
De sorte que é prudente e cheio de carinho.
Quão formoso e cheio de orvalho!
Destila mel e pétalas nos altares,
Encobre desertos, lírios, bosques e olhares.
Há sempre alguma raiz dentro de nós fora do adubo... ao ar livre, isenta da umidade do chão... E são essas que devemos, com mãos de jardineiro, arrancá-las, tratá-las e transformá-las em poesias... Depois ela se fincará, sem pressão e força, novamente no mais fértil do nosso ser... Quantas raízes ao vento existem em nós? Ou será que é a falta de terra que não consegue encobrí-las? Tudo isso é poesia e tem Deus como origem...Teresina-Pi
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