Querido amigo poeta... é uma pena,
aquele adeus à musa inspiradora...
Nem mesmo o sabiá com cantilena,
foi como alegria consoladora...
Da palmeira, a verve cantadora,
quiseste um doce amor, em paz serena,
tiveste, assim, paixão acolhedora,
mesmo indo embora, o coração perena...
Morria-se de amor naquele antanho,
porque nasceste em tempo vil e errado,
e, como todo vate, foste estranho...
Não se podia amar, nem ser amado,
a humanidade - sofredor rebaanho,
mas, hoje,,, o amor é lei e consagrado...
(CYNTHIA THEODORO PORTO)
Cynthia Theodoro Porto
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