Como saibros antigos, quase conhecemos as histórias do rio da vida, quase conhecemos o lado mais fundo, onde pesam as memórias grafadas por sentimentos que muitas vezes nos pegaram de surpresa, algo de mágico e quase impotente recai sobre nós, uma impotência inicialmente indiferente, que ganha força à medida que o orvalho faz cair novas camadas.
Saibros ou Matrioshkas, existem dentro de nós muitas camadas, coisa que expurgo ou semeio a medida que faço nascer a poesia.
Cada poesia é um pedaço de mim, quando sou eu mesma ou quando tento ser o outro, quando um sentimento sai, floresço um novo, assim sendo o meu rio, o rio que teimei em nascer, jamais será feito de saibros que sejam ocos... Assim espero...
Escrevo poesias desde quando nem imaginei que o que escrevia eram poesias, eram apenas coisas sussurradas por minha alma, coisas que guardava em cadernos que o tempo tratou de fazer desaparecer, ou coisas que entreguei ao fogo ou ao lixo...
"Escrever, sempre escrever, quanto mais escrevo, mais me reconheço. Janaina Cruz"
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