Quando Tudo Nunca Foi Tanto

 
Na contemplação de um mar azul extenso
Uma lembrança distante remexe a memória
Invadindo o cotidiano pelo oceano imenso
Em narração ao passado de uma história
 
Sentimento é saudade, o tempo suspenso
No presente denso que se enche de glória
Reprodução rética de um mundo intenso
Alterado em fluxo por perder a trajetória
 
Em qualquer canto, o silêncio trás o pranto
Com pensar inocente vaga além e distante
Cor do encanto, em que tudo nunca foi tanto
 
Momento é prazer no refúgio deste recanto
Enquanto esta duração perdurar no instante
Das ondas que a imaginação acolhe em manto

 

 

Murilo Celani Servo
© Todos os direitos reservados