Busco a face da amada

amada desventurada sorte

da vida inconstante consorte

da alma ingrata amante

que rí, que brinca, que mente.

 

Busco a face da sorte

de uma só sorte, de ter-te  sorte

de encontrar-te em meu norte

de encontrar-te em meu sono

meu leito, minha morte.

 

Busco a face da amada

amada desventurada sorte

da palma a mão recorre

do destino lido em corte

que a  palma da mão recobre.

 

Busco a face da sorte

de uma só sorte, de ter-te sorte

que a alma criança chora

que fere a palma e chora

no desespero da primeira hora

 

 

silvano santos
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