Busco a face da amada
amada desventurada sorte
da vida inconstante consorte
da alma ingrata amante
que rí, que brinca, que mente.
Busco a face da sorte
de uma só sorte, de ter-te sorte
de encontrar-te em meu norte
de encontrar-te em meu sono
meu leito, minha morte.
Busco a face da amada
amada desventurada sorte
da palma a mão recorre
do destino lido em corte
que a palma da mão recobre.
Busco a face da sorte
de uma só sorte, de ter-te sorte
que a alma criança chora
que fere a palma e chora
no desespero da primeira hora
silvano santos
© Todos os direitos reservados
© Todos os direitos reservados