Hoje arrumei aqueles pequenos ramos caídos postados no jardim,
A lata de tinta velha jogada no canto da despensa caiu na lembrança,
E assim, despertei algo escondido nas vestes mentais do meu camarim,
Quando no repente do vazio das ideias, comecei arranjando a lembrança!

Limpei cada raminho caído e tirei toda a impureza da tinta envelhecida,
Cada gesto que eu tinha, via rejuvenescer alegria naqueles objetos caídos,
Lembrei a cada movimento carinhoso que fazia que Homens estão esquecidos,
E aquilo que antes não fazia, lembrou-me coisas nada banais nesta avenida!

Abriu-se um caminho enorme no coração e seguiu-se depois o da visão,
Dois caminhos continuados levando-me aos horizontes tão vegetantes,
Mas enfim, esses são aqueles que confortam a mente e fazem sensação,
Que nos fazem crescer e nos fazem amadurecer e sentir convenientes!

Logo se foram juntando os ramos cuidados e bem pintados na palma da mão,
Palpitava-se o sangue frio e quase seco, fez-se levitar mostrando sua beleza,
Que tinham aqueles ramos outrora tão secos juntando-se a este ramozão,
Na companhia das flores tulipas e tão tímidas, por a sua poder não ser certeza!

É, cresceu um conhecimento tão profundo na visão que fazia do mundo,
Que por vezes difícil, é as pré disposições que fazemos à força da derrota,
Que tanto sabemos que vai machucar e no leva para vazio profundo,
Quando sorrimos para a facilidade do ser verdadeiro ser compatriota!

E assim a nossa verdadeira história nunca mais naufragou,
E eu vivi, fiz os ramos sorrir e serem a minha maior frota!

Autor: António Benigno
Código de autor: 2013.10.05.14.21.02.28

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Felgueiras / 2013.10.05.14.21.02.28

António Benigno
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