ACONCHEGO
A tarde vai ao encontro da noite,
Pressionada pela chuva fina
Que cai sobre os telhados,
Gotejando nos beirais.
Sob a chuvinha intermitente e fria,
As folhas da dama-da-noite,
Recebem pingentes quais
Estrelas de cristal.
O frio extemporâneo fica lá fora.
A casa recende lavanda;
O fogo crepita, festivo
Criando penumbra.
A mesa posta é um convite.
A refeição fumegante
E o vinho na taça
Esperam.
Tua presença aqui é uma bênção.
Trocando olhares cúmplices,
Erguemos juntos a taça
E nos aconchegamos,
Cientes do amor
A nos unir.
09/02/2013
Ilse Maria
© Todos os direitos reservados
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