Traduzir a renúncia
dos apelos em minúcias
para revestir a liberdade
do estreito caminho da saudade
em memória,
em cantiga,
que o poeta profetiza
em sua tamanha aflição,
destino sem razão,
infinita extensão
da realidade que revela
a ausência da canção
que vem do coração
dos homens em oração,
buscando a solução,
lutando contra o dragão,
que devora a vida
do ser em construção,
objeto de intenção
ao caminho da transformação
deste mundo condenado
a viver desolado
em busca da verdade
de caminhos sem direção.
João Mario Sales da Silva
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