Enterro, poeta
a juventude; esse cruel tempo
de remorsos,
em que a esperança
é vasta tanto como a primavera,
amor nasce e cresce,
morre, esquece virando o trapo.
agora tudo é inverno,
agora tudo é poeta e mortal
e, nada mais.
os anos na velhice descem;
regressando-o ao inicio
antes da mercida morte.
e, sinto me poeta dentro
deste inverno inútil,
com a pesada expressão
do abandono. a poesia se escreve,
ganhando no momento que nasce
e, tornamos-nos amigo,
companheiros na contagem
dos fins das nossas vidas.
simples e derteminado
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