"PERDOAI-LHES, POIS NÃO SABEM O QUE FAZEM"
“..., pois não sabem o que fazem.”
Esta frase é repetida há milênios e nunca se analisou o tanto de informação que ela nos traz, em parte devido às religiões terem se apoderado dela e dado as suas interpretações.
Considerando-se que a vinda de Jesus foi para ensinar algo que não sabíamos mais, as palavras ditas no calvário mostra que ele morreu sem poder nos ensinar tudo que deveria e, portanto, a morte não era prevista e foi abreviada antes do término da missão, portanto um crime hediondo.
E alguém naquela situação pavorosa em que Jesus estava, ainda ter intercedido pelos seus algozes mostra quem ele realmente era, ou seja, a encarnação de um tipo de amor desconhecido até então por nós.
Um filho tão transbordante de amor só pode ter um Pai perfeito e mais merecedor de adoração ainda que o próprio filho. Só que um pai não é feito só amor, mas também de justiça e severidade.
“...não sabem o que fazem”
É a demonstração do quanto ele nos considerava ignorantes com relação àquilo que ele veio nos transmitir que são as leis que regem o Universo e nele incluindo as suas criaturas e nestas também nós, seres humanos, os únicos com poder de decisão sobre a nossa vida, os únicos com livre arbítrio e consequentemente responsáveis pelas nossas decisões, incluindo aquele assassinato injusto e cometido contra o mais puro Amor.
Depois não sabemos por que tantas pessoas sofrem os mais atrozes sofrimentos nesta atual vida terrena, principalmente os psíquicos, pois não temos conhecimentos dos nossos atos feito em vidas terrenas anteriores
“Quem não sabe o que faz” é um ignorante que não sabe o alcance que tem as suas escolhas, atos ou pensamentos e, portanto, desconhece o juízo das coisas.
Nenhum juiz terreno vai acolher um argumento contra algum criminoso só porque este não sabia as consequências do seu ato, mesmo que os familiares os tenham perdoado, mas esperamos isto de Deus perfeito.
Porque esperamos isto de Deus, caso creiamos nele?
E que leis são estas que Jesus disse que não conhecíamos?
Sabemos muito pouco delas, pois consideramos a vida somente aquilo que ocorre entre o nosso nascimento e a nossa morte e isto não é nada em termos de tempo universais, além de ser, neste caso, muito injusto, pois uns nascem incapacitados, outros com tormentos psíquicos atrozes; uns em regiões de conflito e miséria enquanto outros em países ricos e tranquilos.
E em isto tudo acontecendo não haveria justiça, nem amor, em um Deus que por acaso permitisse isto e, nesse caso nem mereceria adoração, pois seria muito sádico.
E nada que tem origem (nascimento) pode se tornar eterno, é uma lei da física, o que nasce morre, então já existíamos antes do nascimento e com culpas, qualidades, sofrimentos ou alegrias “conquistadas” em algum outro tempo anterior.
E do depois da morte só existem “chutes” do que aconteceria e eles nunca são ruins. As igrejas sempre dizem que tudo vai terminar bem, pois temos um Deus que tudo perdoa, como se nós também fizéssemos isso.
Na frase de Jesus interpreta-se bem nitidamente que aquele ato não nos traria bons presságios, isto está bem claro, já que ele procurou nos livrar destas consequências com a sua interseção.
E a humanidade sempre se atentou só ao pedido feito por Jesus, mas ninguém tem garantia que esta invocação tenha sido atendida por Aquele a quem ele pediu.
Se Deus é perfeito não pode ter mudado as regras do jogo só para nos ajudar.
Aquele pedido de perdão foi atendido?
As igrejas no seu afã de acalmarem, e de conseguirem mais fiéis dizem que sim, "ele sofreu e morreu para nos salvar", então podemos ficar ”bem tranquilos”.
Mas o termo certo foi deturpado. “Morreu porque veio nos salvar”, já que se não tivesse vindo “por causa da nossa ignorância”, não teria passado por tudo aquilo.
Nós só sabemos da interseção, do pedido, mas não da resposta.
Com certeza atenuou, tanto que houve a promessa de ser trazida mais uma vez a Palavra, mais uma chance (quem sabe já não está editada em livros?) o conhecimento daquilo que ainda ficamos sem saber com Jesus.
Mas também foi dito que deste que viria nós não passaríamos, então Este que vem não é mais Jesus, mas sim outro ligado à Justiça, pois desta ninguém passaria.
É correto dizer que Deus a tudo perdoa, mas o ser humano vive sob as Leis que regem o mundo (não sabem o que fazem!) e esse perdão não é dado pessoalmente por Deus, mas é conquistado pelo próprio ser humano no adequar-se novamente nestas leis.
É o estado da "vestimenta" na hora da transpasse que dirá, pela igual espécie, o lugar para onde iremos e a mudança deste lugar só ocorrerá com a nossa mudança interior o que equivale a um perdão de Deus, pois nos tornaremos iguais a quem nunca cometeu os mesmos erros que cometemos antes.
Ficamos "zerados".
A mesma Palavra divina, mas trazida por enviados diferentes, um o Amor de Deus e o prometido, a Justiça de Deus (Imanuel)
Com certeza a interseção de Jesus foi enternecedora naquele momento, mas seria justo aquele crime ter ficado por isto mesmo?
Continuamos ignorantes e com mais uma grande culpa na nossa folha corrida, pois se até a morte de jesus “ainda não sabíamos o que fazíamos”, então imagine agora.
....“Não sabem o que fazem...” .
Se a morte de Jesus tivesse sido programada, e fosse da vontade de Deus, então Jesus teria dito:
“Pronto Pai, me sacrifiquei no lugar deles, então perdoai-os!".
Um pai terreno pode perdoar quem lhe fez mal, mas o Juiz não deixa de cumprir a lei por causa disso.
Com o Amor e a Justiça de Deus também não pode ser diferente.
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“Na obra admirável da Criação encontram-se tantas leis atuantes serena e seguramente, que seria possível escrever um tratado sobre cada um dos milhares de fenômenos na existência dos seres humanos,...” Abdruschin em Na Luz da Verdade – Desenvolvimento da Criação - www.graal.org.br
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