Ninguém sabia, mas dentro de mim o dilema.
A complexidade das palavras que diante dos meus olhos ganhavam vida.
Havia algo errado, mas não entendia.
Faltava-me a codificação da escrita...
Em versos a dificuldade do entender.
Quem sou eu?
O que é memória, pensamento e linguagem?
Em diversas literaturas a descrição dos conflitos, sintomas, dilemas...
São tantas informações, mas as mesmas não se adéquam a realidade que vivo até então.
Tenho dificuldades na associação do som à letra e também costumo trocar as mesmas de lugar.
Não tenho vergonha em dizer, pois gosto de escrever.
Sinto a minha mente desorganizada, não consigo ficar parado, estou sempre atordoado.
Logo sei que sou hiperativo, mas não tenho déficit de atenção!
Na escola além da minha professora, outros profissionais cuidavam de mim como médicos, psicólogos, psicopedagogos, fonoaudiólogos, neurologistas, pedagogas, etc.
O resultado deste cooperativismo era o progresso da minha aptidão na arte de escrever e ler.
Ao longo da minha caminhada enfrentei esta realidade; as dificuldades me ajudaram a transpor os limites existentes.
Sentia-me culpado por não saber, mas hoje compreendo que sabia de uma forma diferente, mas sabia!
Tinha o meu jeito exclusivo de ser e de aprender, algo que transpunha os métodos e modelos convencionais, mas que de forma alguma me fazia inferior aos demais que como eu, buscava o aprender.
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