Mal fecha o sinal
e balas deitam sobre o retrovisor.
Seus pés descalços nem sentem o calor
de tão frio que é o compromisso social.
Menino de rua não é gente,
usa crack, bate carteira e não se arrepende.
Menino de rua não é nada,
sente frio, medo e raiva na madrugada.
Menino de rua ninguém vê.
Debaixo do jornal
é só mais um marginal.
Por isso, menino de rua não vê ninguém.
Rouba sem distinção
e sem amor no coração.
Jairo da Silva Freitas Júnior
© Todos os direitos reservados
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