SETE PORTAIS

Ah,  a  súplice  inutilidade

de  um ou sete portais  herméticos, 

como   o  hermético   coração,

sem  a   confluída  passagem  para  algum  lugar.

E  a   absurda  consciência  de uma excludente

realidade  posta  a prova  no  cerco  do  limite.

Provoca   essa dor que  faz-nos  arquejar,  

ante  o  espasmo  do   inevitável,   se  propensas   estão

todas   as   áreas   de   sombra   já   estabelecidas.

Quando  súbito  se unem,   ás  distâncias 

perdidas  do  meu  eu,   em  um  único  choque.

Num  ambiente  que    decompõe-se   de  vasto  e  resto,

que  recrudesce  em   mim  sinais   sublevados.

Tal  qual   uma voz que repercute de algum  ponto,

me  transformando    também    apenas

em  um   reles  visgo  na  paisagem   repetida. 

Prolapso   daquele   amor,

que    no   exílio,

entre   e    no   entorno   de   nós,

nada    pôde.  

Esparsos,  encerrados  . . . absolutos    pairamos;

dentro    de  um    dobre

que   ecoa   finito !!!