A minha alma canta
Dentro de minhas profundezas,
E só dentro da minha mente
Pode ser ouvida, compreendida,
Ela rouca e abafada
Salta vez ou outra
Arranhando as paredes
Do meu mundo interior,
Só essa voz, só ela retrata
Minhas agonias e tristezas,
Só esses saltos roucos
Traduzem meu desespero,
Vezes nem eu entendo
O que resmunga carrancuda
Voz débil e rouca, santa e louca,
Só ouço pelos cantos da mente
Um cantarolar profundo, mudo,
Rouco e puro, louco e antagônico,
Nessa voz tônica que me traduz
Por inteiro... Por completo.
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