Caminhas-te sempre firme, observando, indagando.
Procuravas uma confiança que te ofuscava a razão.
Uma intensidade, uma corrente que te cegava.
Seguias o trilho da vida … numa interminável procura!
Laboriosa e orgulhosa canseira, desempenhada no momento …
Do sentimento que havias cumprido a meta … sem tortura.
Labuta que te consumia mas te realizava.
Um sorriso; um agradecimento … uma lágrima vertida.
Uma gratidão de alento que se esfumou no momento.
Naquele dia de hoje, em que o sol não brilhou,
no dia em que o céu relampejou e gritou!
Acordas-te caminhando num pântano, castigado pela chuva.
Voaram palavras de apreço que não esqueces e não desprezas,
mas, num ápice … tudo mudou, o teu ser cobriu-se de nada,
caminhando pesadamente, rumo ao contágio do mundo!
31/08/2011 - João Salvador
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