Alma afeita ao horror, a qual a existência é um insulto.
Agarra-se a tudo o que é bom e transforma o sonho em pesadelo.
Estás presente em tudo, a cada momento, em cada fio de cabelo
Como um demônio a perscrutar cada oração e culto.
Em cada instante corróis a mente sã, tornas-me inculto.
Lentamente vai deliciando os sentimentos... Tornando-os gelo!
Friamente extirpando-os... Levando-os ao primitivo escalpelo
Para do homem fazer animal estático, um mero vulto...
Assim é o amor doentio, o amor destruidor e que faz mal!
Engana como a serpente que tentou Eva e só prevê o final,
Posto que ceifa o desejo e as expectativas de um futuro...
Nem amo e nem odeio hoje graças a isto: Sou indiferente!
Oh! Pudera eu ter escapado da devoradora sentimentalidade inerente,
A qual me enganou em ilusões de amor e em verdade era algo impuro!
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