ADORMECIDA A DOR MEDIDA

ADORMECIDA A DOR MEDIDA

 
Ontem a noite perto de tua casa
Ocorreu uma confusa discussão,
Você não ouviu nada!
Umas dez dúzias de anjos brigavam...
Batendo as suas asas.
 
Todos querendo ser o primeiro da fila
Um fuzuê, ninguém se entendia,
Um barulho ecoou na vila,
Uns lutavam, outros, sorria...
Simplesmente motivados
Em poder ter teu sono amparado.
Enquanto isso... Você dormia.
 
A batalha prosseguia,
E o anjo vencedor sorridente
Saiu às pressas, feliz, contente
Indo com se fosse cão de guia
Em direção ao seu quarto tão quente.
 
Mas quando chegou lá,
Você já estava dormindo.
Olho-a! Tranqüila e serena.
Aos pés ficou. Noite amena.
 
Quando que repente um PSIU...! Ecoou.
Olhou para cabeceira
Viu Jesus te acariciando,
Pedindo todo silencio,
Porque você exausta, dormindo,
Purificado pelo incenso
Precisava descansar.
 
A briga que aconteceu foi para dar-te um bom abrigo,
Quando abrigas o teu rosto junto ao colo meu;
Abro-te a porta do abrigo quando descansas... Filho meu.
Antonio Ramos
C A 09-05-12

Leio a poesia que ainda não fiz,
E a que me faz sentir.

Campo Alegre - Sc

Antonio Ramos da Silva
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