Não sei bem, mas diante da dor que sinto
E sabendo que a causa dela é um imenso amor,
Será que ao invés de amar demonstradamente seria melhor o descaso?
Só tenho dúvidas, a única certeza é a corrosiva dor...
Eu sonhei e sonho com todos os ideais românticos.
Eu ainda amo com o mesmo fervor, a mesma fantasia.
Ainda que eu sinta o sofrimento eu ainda a amo à idolatria...
Como implorar para ela não ir, não deixar de lado toda a nossa alegria?
Como se fizéssemos parte de uma trama da literatura,
Quero crer que este é o momento em que surgem as complicações,
Mas que tudo ficará bem ao fim do romance...
Eu sonho, e sonho com sinceros amores, não paixões...
É que tudo aconteceu de uma forma inesperada, mas sem conclusão...
Nunca foi dito que tanto sentimento chegara ao fim.
Temo, entretanto, esta separação (mesmo que breve):
E se ela perceber que não é comigo seu destino, que não quer mais a mim?
Devo tornar-me mau e frio, indiferente e realista então?
(Mas bem sei que isto é impossível, não consigo...).
Amo-a e sei que não é um amor platônico... Imploro por uma nova chance!
Quero estar ao teu lado como alguém que vai muito mais além que um amigo!
Meu romantismo é todo teu! Ainda... Ainda... E sempre será!
Dói demais saber que estamos próximos, mas tão distantes...
E eu sei que nos amamos ainda, fortemente,
Só não sei se estaremos juntos (e é isso que me dilacera) como estávamos antes...
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