Apague minha poesia até então verdadeira
Era a rosa, era flor, o refúgio da paixão
Infinita no tempo, das dores companheira
Sorria as cores do amor de um coração
Rima poeta e poetisa, acalento da solidão
Olhos cegos e indolentes, remotos por fronteira
Corpos intocáveis derretem-se na excitação
Do calor da imaginação da nossa fogueira
Na fração do tempo nos perdemos em suspeitas
Cravadas na essência quando as nossas trancas
Libertam a saudade que guardam as lembranças
Da infância do nosso tempo de almas perfeitas
Errantes no presente, o adeus das esperanças
Da união das metades que abortam as alianças
Murilo Celani Servo
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