VIGIAI Ó MERETÍSSIMO!

VIGIAI Ó MERETÍSSIMO!

Vergado sob o peso da culpa,
Vai o condenado cumprir sua pena.
Quem de nós, a maldade não ocupa,
Mesmo que seja a culpa pequena?
 
Não se mede o erro pelo tamanho,
O erro existe pela desobediência ao certo.
Não existe distância entre o alegre e tristonho,
Pode-se estar na cidade e se sentir no deserto.
 
Julgar do outro o comportamento,
É um procedimento de responsabilidade maior,
O Juiz a que ter muito talento,
Um Salomão, exemplo bíblico de julgador.
 
Vigie ó Meritíssimo Senhor!
Ao ditares a sentença do desgraçado réu,
Exerça a Justiça com o justo rigor.
Mais não esqueça, peça ajuda ao céu!
 
Atente! A caminho do cadafalso,
Poderá estar caminhando um inocente,
Vítima de um testemunho falso,
Para corroborar uma acusação improcedente
 
Condenai sim! Só após apagar a última luz.
O condenado pode ser vítima de um algoz,
Que busca tirar proveito dos atos de um Juiz,
Portanto Meritíssimo, respeite a duvida atroz. 

Árdua função a de julgar seu semelhante, difícil decidir um direito reclamado porque a razão tem duas faces, uma e a que vem do real direito e a outra da emoção. Muitas vezes o julgador ao ater-se à Lei incorre em erros sem perdão, e, em outras vezes julgar pela emoção o leva a ser injusto no seu ato.

Sonhando com certo e o errado.