Sopram segredos nas brumas..
Cupido invisível esconde nosso calor em seu corpo
Nas nuvens de cima clareza eu sinto
Tradução da lua,em mim,
Tradição do sol,eu sou
Mar silencioso, tu és
O papiro mais difícil de se traduzir
Areias cobrem duas pérolas leitosas...
Sublimo minha paixão nas brumas azuladas
Disfarço,sou anjo sem asas, que voa nas tuas estradas,
Vapores tingidos de púrpura,infinitas noites de liras ...
Sopram os segredos nas brumas..
Sobe nossa melodia, para muito além da escuridão
Sigo o rumo das estrelas cadentes,
pintando o horizonte de lilás
Deixa suas marcas divinas em nós,doce Cupido,
feitas com ar fresco dos campos de trigo...
enfeitados de libélulas cristalizadas
Brisa perfumada de sândalo...nos acalma por segundos...
emergem as horas com pressa,insistentemente a sussurrar...
por meses , teu (meu) nome ecoa na divisa dos trópicos,
Aquela imagem ... em cada rosto que vi
Laços etéreos que não se arrebentam...
Universo...alimentando as brasas...
de um fogo que nunca cessa...
Labaredas oníricas que por receio queremos apagar...
Nossos olhos, cegados pelo mundo... receiam ver
Letras se unem,nascem as palavras
Frases se fundem em energia e criam asas
Suspira um meigo Cupido, acordando dois corações
Fujo para o paralelo dos "Sosordem"
levando parte do sentimento no peito
Só sei de meu poema, índigo poema...
que arrebenta ondas em meu corpo,
e assim...dormindo e acordando,
retornando...
Crio asas... para voar cada vez mais longe
Transponho a sutil divisa...
que leva a tua (nossa) compreensão,
e então entendo que o vento que me levou...
é o mesmo que te trouxe...
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