ARQUEÓLOGOS DA ALMA
Diante da indômita dúvida
Surgimos,arqueólogos da alma
escavando vivências
derrubando barreiras
Encontrando os estilhaços...
de muitas lembranças
Experiências sublimadas,
imaculadas distâncias
rios de sombras e luz,
comportas fechadas ...
sentimentos presos
mais adiante avistamos ...
um conhecimento embaçado
que provém da fonte?
Na superfície...
uma falsa sabedoria,paira
Sons ao longe ecoam,
Murmúrios dos antepassados....
frases soltas no universo...
Silêncio crepuscular...
quebrado pelo verbo
Palavras que se encontram
e por algum motivo se separam...
Fragmentos de nós mesmos
Pequenos pedaços...
Somos muitos em um só
Tentamos construir a escada etérea,
mas o céu está em nós...
Como medir sua altura?
Se ele é infinito
Imensurável... véu índigo
Observamos as estrelas
Viajamos por nossos labirintos
Corredores internos
repletos de portas
Quase indeléveis
Quando abrimos algumas delas...
Ali se apresentam as pontes
Reinventamos nossos passos
Almejamos a travessia
O desconhecido,a outra margem
transcender e chegar
encontrar nossa essência iluminada
Que nos habita desde o princípio...
. . .
“O homem não conhece sua própria hora: semelhante aos peixes apanhados pela rede fatal, os passarinhos presos no laço, os homens são encalçados na hora da calamidade que se arremessa sobre eles de súbito “
( Eclesiastes, capítulo 9,12 )