Faces de Metal

Cultura transviada, gerações perdidas
Alienação no olhar, um rosto disforme
Metais brilhantes em faces distraídas
Flutuam em sonhos no escuro uniforme

Sementes abortadas, histórias não lidas
Placas anunciam em cores do informe
Iscas que fisgam alimentam as feridas
Do desejo que não quer ser pobre

Fones de ouvido silenciam a voz do mundo
Invadem o pensamento obscuro e vazio
No cotidiano que não se respira um segundo

Peles marcadas na cor de um desenho profundo
Cicatrizes do futuro de um tempo doentio
Lágrimas tardias fazem o espelho ser imundo