A FLOR DO FLAMBOYANT

 
 
 
A FLOR DO FLAMBOYANT
 
No meio da rua,
Estava ela, caída
Inevitável não vê-la
Ou simplesmente não percebê-la
Aproximei-me com cautela
Observando o contraste
O negro do asfalto
Era o fundo da tela
Um belo quadro
Pintado pela natureza
Que ali se oferecia
De forma gratuita
Aos olhares mais aguçados.
Verdade é que outras mais
Ainda se agarravam aos galhos
Da “frondosa mãe”
Mas aquela, que ali estava
Órfã pela ação do vento
Não esboçava movimento
Fui até ela e ao tocá-la
Senti nas mãos sua energia
Quase letárgica... Fugaz
Extasiado pela rara beleza
Constatei satisfeito
Coisas assim... Só Deus faz
 
Pedro Martins
25/11/2011