Falar que não há Deus,
é mesmo que dizer:
Chopin não tocava;
ou contar que Dante viveu,
mas nunca escreveu versos.
Falar que não há, Deus,
é ferir-te profundamente,
de vício formal e indelével,
que negaria a própria essência
do que somos.
Ou somos apenas a mão,
Sem a arte?
Falar de ti e dizer
que não há,
é negar o propósito da nossa busca incessante
pelo fim do sofrimento,
início do agrado e da afabilidade;
É negar a própria ideia de felicidade
Que só em ti há.
Diego Guimarães Camargo
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