Me desculpem a tolice
em pensar que vivo só
se a morte é a mesma
e a solidão um nó
existem pares de almas
que desenham a caminhada
enquanto choram seus rios de lágrimas
perdoem a tristeza de ser meio repetitivo
e a franqueza de nem ser reconhecido
a mulher que eu amei nem um dia foi embora
porém o doce de minha vida
Num formigueiro encontrei
foi em alto mar entre as estrelas
que a dor de ver meu pai
desaparecendo chegou
e num sorriso de paz
sua alma e sua vida me presenteou
desculpe a minha dor
ela nem pediu pra entrar
insistiu sem ser chamada
e feito gole de cachaça marvada
de uma só vez se alojou
e encharcado de dor o meu coração
num só grito reclamou:
Ainda vive o amor.
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