Poema feliz
Não falo de ninguém,
Não falo de doenças,
Não falo de miséria e fome,
Não falo da crise do Homem,
Não falo na austeridade
Nem na Troika
Nem na corrupção,
Não falo da injustiça
Nem de religiões e outros sabões,
Não falo de milionários
Nem de pobres
Duns que tem milhões
E outros apenas uns cobres,
Não falo da crise das prostitutas,
Encostadas a um grande carvalho
Por não terem trabalho!
Nem tão pouco dos chulos de óculos escuros.
Não falo de abelhas obreiras
E das gastadeiras,
Não falo da hipocrisia dos “inocentes”,
Que culpam outras gentes!
Nem falo da poesia,
Porque a minha felicidade
Dá para entender
Que o Mundo está como Deus quer!
Não adianta protestar,
Porque há um Senhor no Céu
E homens "senhores" na Terra,
Mas um dia isto há-de acabar!
Por isso,
Não falando mal do que por aí se diz
É que este poema é feliz,
Como Deus quis
E eu o fiz!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar

Silvino Taveira Machado Figueiredo
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