Teus versos quero todos quentes chamas
Que sejam longos, leves, infinitos
Em cores fortes, lindas, muitas gamas
E com sabor de doces absintos

Quero teus versos meio-indecentes
Falando de prazeres de outrora
E que descrevam cenas decadentes
Como as dos anjos tortos na aurora

Com rimas ricas e ritmos cadentes
Os versos, quero-os todos por inteiro
Tenazes e afiados como dentes

Que o tema seja claro e certeiro
A descrever amor, paixões ardentes
De todos teus leitores, sou o primeiro
 
 
© Fernando Tanajura
 
 

Fernando Tanajura
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