As flores estão pelo chão
Estáticas e frias,
Sem cor e cheiro estão
Esparramadas nas noites e dias.
 
No transeunte que passa,
Com alheio tom,
Num vai e vem sem graça,
Não existe nem um gesto que o deixe bom.
 
E as flores continuam pelo chão
Mortas, sem viço e sem nada
Vazias, sem luz na escuridão.
São flores sem alma, abandonadas.
 
Trazidas pelo vento, no vão
Dessas coisas cotidianas, sem alegria.
São apenas flores pelo chão,
Sem vida, sem cheiro, sem poesia.
 
                     02/setembro-2000
 
Paulo Cesar Fernandes da Silva


Paulo Fernandes
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