Venho cansado pela estrada de desaconselhos, venho amarrado a um passado de desespero, venho acorrentado a um pecado do sentimento.
Não consigo entender o que me causa dor, não consigo perder a mania de sentir rancor, não consigo um amor perfeito sem dissabor.
Venho perdendo a razão sem motivo, venho singrando um mar de um impensado castigo, venho pedindo perdão por algo que não tem motivo.
Não posso estender a mão sem um olhar vazio, não posso sonhar com a paixão se não tenho destino, não posso matar então o erro que insiste em me acompanhar pelo caminho.
Distraio-me com facilidade, erro por não observar o que me fora pedido, a distração não é algo premeditado e o erro não é a ferida do martírio, errar não é fácil, sempre trará cicatriz, distrair pode ser mal interpretado, ou seja; erro e distração são irmãos encobertando tropeços e castigos.
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