Das atitudes que regem a vida, me dediquei a ti, Ulisses
Das lágrimas que puseste em minha face, alimentei sorrisos
Das lembranças que tatuaste em mim, escolhi as mais belas
Não espero que tu entendas o meu sofrer
Pois de nada adianta, Ulisses, saber para nada fazer
Teria que ser de braços abertos, de alma e não só de corpo
Se tu queres uma vida plena, te dedicas também, Ulisses
Pois limitação é para os que não desejam permanecer...
Vai buscar a força que tu não sabes que possui, "complexo" Ulisses
Superando o orgulho extremo, serás feliz comigo
Por que não entende que dê amor eu vivo?
Mas os erros me perseguem, e assim permaneço... sempre e imutável...
Por que me julgas, se sua sabedoria é plena e inabalável?
Se olhares para o espelho, terás tu, o reflexo dos meus porquês
Pegue as respostas e venha...
Volte e entenda as atitudes de sua "Esperança", meu adorável Ulisses
Se já, em um passado não distante, conseguiu os erros admitir...
Por que Ulisses, não vem me acalmar e me permite em teu colo chorar?
Insignificante se tornou o meu sofrer, por outros meios eu ter buscado...
Queria apenas te desvendar, misterioso Ulisses.
Como podes tu, me arremessar aos lobos no frio desta floresta?
Me resgate deste mar de sangue que mancha minha pele com a cor escarlate.
Ulisses, por que me renegas se sabes de minha possessão por ti?
Ser sua dona sempre foi meu desejo, então, amado Ulisses, entenda...
Sua decepção por mim, sufoca, machuca, mas não se compara ao ódio que faz o peito doer, ao abandono deste ser insignificante que permanece aqui
Me disses tu naquele dia, que a rolha já não será sacada, pois o vinho não deve mais ser ingerido
Mas e o quadro, Ulisses, um dia será emoldurado?
E a morte, poderemos vê-la, estando nós, lado a lado?
Sinto falta dos lençóis e do toque em meu corpo nu...
Das canções à luz de vela, eu me lembro...
Mas não servem para ti, inconstância chamada Ulisses
Pois de tudo eu quis te dar, mas só consegui te afastar
Não me importo, pois de amor ainda vivo e por amor eu renasci
Só para ti, amado Ulisses, que deixou de sonhar, por eu, a verdade encontrar...
Silvana Hennicka!
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