As águas que vão para o oceano,
Levam elas os sonhos de muita gente,
Ribeirinhos que ali vivem sonhando,
Eles são como todos não são diferentes.
Como em qualquer lugar destes pais,
Aspirações, anseios, os levam a desejar,
Deixar seu chão, arrancar sua raiz,
Por seu barco na água e se deixar levar.
Partir em busca de outras plagas,
Correr atrás de oportunidades,
De uma existência menos amarga
E conhecer da vida a realidade.
Comparar o seu ontem e o seu hoje,
Reconhecer o seu novo chão,
Lembrar que o rio sua raiz, ficou longe,
Já não está mais ao alcance de sua mão.
Até então via águas mansas passar,
Agora passa na rua um turbilhão de pessoas.
A vida tranqüila, o verde do mato, o brilho do luar,
Vai ficando esquecido como o canto do galo que na madrugada ressoa.
Do seu torrão resta apenas a lembrança em forma de saudade,
Se a vida foi dadivosa e abriu suas portas e bem os receberam
Deixarem o torrão natal valeu, valeu o trocarem pela cidade,
E esquecerem do chão de sua raiz e do rio que tanta água beberam
Porém se a sorte foi madrasta e com dádivas não contribuiu,
Fica restando a certeza que como ribeirinhos eram mais felizes,
Aqui chegaram cheios de esperança, mas a cidade não retribuiu.
Resta então lembrar do rio, do seu chão e voltar às suas raízes.
Entretanto foi mais fácil vir e agora mais difícil será voltar
O seu rincão ficou cada vez mais longe e o barco perdeu-se esperando
Mais a saudade será à vela e a necessidade o barco que os levará,
Com a corrente pela proa e pela popa o vento à vela inflando.
Os migrantes deixam seu torrão natal cheios de esperança de serem felizes na cidade grande. Aqui chegando a maioria vão ficar à margem da vida, vão perceber que foram vítimas da ilusoria felicidade, Sem instrução, sem profissão e vindo de cultura diferente que oportunidades terão. Vão ser dependentes da sorte ou de possuirem algum membro da família que tenha algum dom que possa dá-los uma vida melhor.Vendo a luta contra a m
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