Caminhamos pela vida aos solavancos,
Vamos contando, anos, meses, dias...
Sem saber bem a razão deste porquê!
Tropeçamos uns nos outros, acotovelamo-nos,
Corremos para todo o lado, desvairados...
Sem saber bem a razão deste porquê!
Deixámos de nos conhecer uns aos outros,
Nesta rápida e estúpida avidez de vida...
Sem saber bem a razão deste porquê!
Quem somos, o que somos? Pouco importa,
Interessa sim, viver tudo e depressa...
Sem saber bem a razão deste porquê!
Caminhamos para um fim qualquer,
Embrenhados nas nossas rotinas, esquecidos...
Sem saber bem a razão deste porquê!
Um dia, havemos de parar, no entardecer
da nossa vida,
já vivida, aí sim, sem pressa...
Sem saber bem a razão deste porquê!