Ricos existem de afortunadas posses,
E tão ricos se fazem em egoísmo e usura.
E se revelam duplamente mais pobres
Que os mais famintos e miseráveis mendigos da rua!
 
Ricos de todo o tempo do mundo
E tão ricos da preguiça que aos poucos mata.
E se fazem mais pobres que os abandonados na solidão,
Aguilhão atado que a alma maltrata!
 
Ricos de afetos,
Mas tão ricos se fazem do ciúme e da proteção doentia.
E espelham-se mais desafortunados ainda
Que os mais pobres de vida vazia!
 
Eu tenho! Eu posso! Isto me pertence!
Compõe o lamentável vocabulário.                                                                                                 
Da bagagem carregada de ouro que arrastam,
Nada levarão para o futuro e derradeiro itinerário!
 
Acolhidos neste mundo com as mãos vazias,
Desta mesma forma daremos adeus à vida, isto é certeza!
As jóias preciosas dos sentimentos,
A ferrugem não corrói, e ninguém nos rouba esta riqueza!
 
Esta é a felicidade, meu irmão!
Que se entesoura no coração,
E que verte de DEUS criador.
 
Nesta terra de pouca paz e tanta guerra,
Seremos mais ricos que os mais ricos da Terra
Pelos “talentos” despertados em nome do AMOR!!!
 
 
 
 

Néo Costa
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