Sou aquela ave engaiolada e triste
Que lamenta a liberdade que não tem,
Mas que no cativeiro, heroica ela resiste,
Na esperança que a liberdade um dia vem.
O seu cantar ecoa o seu lamento
Por um castigo que a natureza a ela não legou,
Quando se entregou foi por sentimento
Que não foi recíproco e a sua liberdade acabou.
Pobre ave que anseia ser liberta um dia
E voar sentindo o vento da liberdade!
Pobre ave que não vê o raiar do dia
Vítima que é de quem lhe fez tal maldade.
Triste engano o meu que seria feliz,
Que a vida seria um oásis de paz.
Trágica foi à escolha que eu fiz
E agora é tarde para voltar atrás.
Hoje não tenho paz e sou cativa...
Não canto mais só lamento...
Presa na gaiola o que é da vida?
O que sinto é passar o tempo!
Uma grande perda é a liberdade e muitas vezes na escolha que fazemos, a perdemos na busca de um sonho ou uma simples fantasia. Que tolos somos quando trocamos uma dádiva que é a liberdade por promessas de felicidade, por fausto social ou um pedestal de sucesso. Feita troca é se advir o arrependimento, o que nos restará a não ser lamentar e esperar o vento da liberdade.Curtindo um sol de outono.
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