Quando


                                                          Quando
 
Sinto que me amas
Quando me olhas e me tomas
Mãos largas e deliciosamente delicadas
Aconchegas-me ao peito
Tão suave e tão seguro
Qualquer dor que exista
Desfaz-se ao toque dos carinhos teus
 
Invasor dos  sonhos e desejos meus
Desapareces e logo voltas
Como quem habita um espaço
E dele se faz proprietário
 
Amante de tantas camas
E ainda um mistério para mim
Mesmo arrebatado, és ternura
Que se faz menino
Aconchegado e dependente dos carinhos meus
Quando chegas feliz estou
Quando partes, suspiros meus!
 
                                                                               De Vargas