Anjos errantes, errados, eronhos.


Anjos errantes
Na revoada do alvorecer,
Anjos errantes tristonhos,
A aparecer.
Anjos errantes,
Sobrevoam as folhas
Do outono
Anjos pisam sobre as folhas
Do tom de brasa
Anjos chacoalham ao vento
Seus cabelos cor de carvão
Anjos errantes rumo a uma tenebrosa vastidão
Anjos erantes, errados, eronhos todos
A abençoar
Começa com o dos anjos errantes o revoar
E marca o inicio das festividades
Começa o outono das arvores.
 
A estação da ilusão começou
Marco, voou, viveu, chorou, passou
Novamente a revoada dos anjos errantes
Marca agora o fim do outono.
Anjos errados, mantos brancos
O corpo desnudo a cobrir
Anjos errados trazem eronhos
O inverno
Cai o manto branco
Da neve tudo a cobrir
Os anjos errados a se despir
Suas túnicas brancas
Viram a neve
Suas asas
O furioso vento sul
Teus corpos pesados
A despedaçar
Viram o granizo
Que a todos vem atormentar.
 
Anjos eronhos erroneamente
Trazem a bela prima-vera
Anjos cobertos por nuvens
Que com elas fazem um manto
Anjos asas pequenas.
Anjos tristes que
Com as prima-vera
Não se alegram
Anjos chorosos
Que suas lagrimas
Viram a chuva
Anjos eronhos
Que o seu manto
Vem maior parte
O céu tingir
Cinza vulcão
Do vento emergir
Asas delicadas
Na brisa a transformar
Anjos que semeam das lagrimas
As flores
Anjos dos corpos
Vêm as mais belas cores.
 
 
E por fim os anjos certos
Que deles vem o verão
Cobertos pelo sol
Trazendo
Um manto de água salgada
Asas largas e a borbulhar
Cabelos que iluminam a abóboda celeste
Manto ao mar aumentar
Asas que viram as ondas a espuma jogar
Anjos que de seus corpos vem os ventos
Tropicais
A brisa do mar
A caricia da costa
Anjos que a todos alegrar
Os anjos venerados certos
Certeiros
Certamente
Anjos.

jeanp
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