Tempo, Descompasso!


Tempo , Descompasso!
 
 
No Compasso desta vida,
Tanto na volta,
Como na ida,
O tempo não espera.
Angústia que desespera!
 
Descompasso,
Demora,
Em nosso interior,
Criança que chora.
 
A espera é virtude.
Traz experiência.
Ainda há de explicar a neurociência.
Paciência!
Carrega com si a ansiedade,
Não importa o lugar e nem mesmo à idade.
 
É tempo que passa,
Não importa o que se faça.
Não há mais jogo de bola, nem bola de gude.
Tentando “vencer”,
Perde-se a juventude.
 
Cansado?
Sozinho?
Achando-se ou perdendo-se,
Segue-se o caminho.
 
E o tempo?
Sem tempo!
Perde-se no vento!
No sol, á noite, no relento.
 
Sintonia?
Quem dera!
Na urgência a espera.
No imediato, o tempo.
Cruel, Gélido e até mesmo sangrento.
 
No âmago a dúvida.
Vou?
Espero?
Da urgência não gosto.
Com a lentidão desespero.
 
E o tempo?
Não noto.
Distraio,
Esqueço!
Tentando me achar,
Não sinto!
Envelheço!

Alexandre de Castro
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