Morte sim, vida sim
Morte e vida Severina. Ô Cabral o que pensaste?
Qual minha vida?
Qual minha sina?
Quem sou eu?
Quem és tu?
Que mal é esse, como cura?
Que mal é esse, é loucura?

Foste tudo. E eu... 
...sou nada
tenho tudo. E tu... 
...tens nada

À diferença justa deste mundo que mata
deste mundo infinito, que tu também eras maldito
e eu sou na hora exata

Não existe antídoto nem curas poéticas
pois consigo rimar com palavras céticas

Se fecho os olhos tenho sorte 
se abro a boca sai canção 
somente assim com o mau da morte chegara o fim da maldição?
Não!
Acho que não 
esse dom é imortal
como fora com Cabral
é um poder que me consome
sei que mesmo apos a morte 
um maldito como eu 
escrevera, a usar meu nome.

Tiago Fernandes
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