Esta é a vida de solidão,
Esta que agita, que palpita,
Que mexe com o coração.
Esta é a vida de saudades,
Esta que cansa e ataranta,
Todas as noites, todas as tardes.
Onde buscar a alegria
Que falta, que se procura,
Não se encontra em qualquer gente.
E passatempo quase nada ajuda,
Não satisfaz completamente.
Fazer cessar a agonia
Que sufoca, que perturba,
Tenta-se algum e outro caminho.
Mas não existe criatura
Que faça esquecer você no ninho.
(*) Classificada como “Destaque” no 17º Concurso Nacional de Poesias – 1996, promovido pela Revista Brasília, do Grupo Brasília de Comunicação, em Brasília–DF.