crônica: AS LIÇÕES QUE VIERAM DO JAPÃO

AS LIÇÕES QUE VIERAM DO JAPÃO

A algumas décadas atrás uma guerra atômica parecia, caso acontecesse, um evento distante que não afetaria a maior parte do planeta.

Com este acidente no Japão temos uma idéia de como o planeta se tornou uma pequena aldeia onde um bater de asas de uma borboleta na China parece que realmente afeta todo o planeta como diz a teoria.

A aparência que se tem é que com o advento da internet o mundo não só se tornou pequeno no mundo virtual e o da informação em tempo real, mas também fisicamente.

Um vírus em pequeno país africano ou asiático e já logo em seguida há temor em todo o resto do planeta.

Um vulcão na remota Islândia ou Finlândia entra em erupção e já é afetado a mundo da aviação mundial deixando um rastro de confusão em todos os vôos internacionais e em todos os países do mundo.

Vemos que a Europa é o continente mais vulnerável em todos estes processos, incluindo o problema da imigração vindo dos países afetados pelos levantes ansiando por liberdades democráticas, mais que justificadas, que estão vindo do mundo árabe.

A Europa será o gargalo, que cedo ou tarde, irá paralisar o planeta com estes adventos, pois todo o comércio mundial passa por lá.

Para somar, um dos países mais preparados para responder aos acidentes naturais, que é o Japão, fica nesta situação de impotência em relação a um acidente, em uma de suas usinas nucleares, deixando novamente em primeiro lugar o primeiro mundo apavorado.

E mesmo nós aqui, de “tão longe”, seriamos atingidos, se não pelas conseqüências naturais diretas, mas pelos fatores indiretos do desastre, principalmente os econômicos.

Agora cabe uma pergunta:

Para que servem hoje os milhares de ogivas nucleares guardadas nos mais diversos cantos do mundo¿ Alguém ainda acredita que, tirando os loucos terroristas, algum país ainda teria coragem de usar uma dessas bombas
sabendo que os efeitos voltariam contra si¿

“Vendem-se bombas nucleares totalmente obsoletas, de preferência para alguém que as queiram mandá-las para bem longe do nosso planeta.”

O acidente ocorrido no Japão influenciou até as águas internacionais que banham os
Estados Unidos, então imagina a preocupação da Europa, cheia destas usinas e sabendo que nenhum país do mundo as tinha em maior segurança do que o Japão, já que convive diariamente com pequenos tremores de Terra e a usina estava preparada para Tsunamis de até oito metros e terremotos de até 8 graus de potência.

O mundo está por um fio a muito tempo, pois até o momento estes acidentes estão dando um “refresco” entre um evento e outro.

Eu fico pensando é no momento em que a natureza já não der mais estes refrescos, estes tempos, entre um acontecimento e outro. Será o caos e não devemos estar longe, falando friamente, pois o planeta, coitado, vive nos dando exemplos de esgotamento.

Quando vemos um belo animal como o Urso polar nadando milhares de km à procura de um bloco de gelo para viver.

Quando vemos aves, que nos dão tanta alegria na natureza, embolados dentro de asquerosas caixas para serem vendidos como mercadoria, inclusive tendo os olhos perfurados para não fugirem, em qualquer praça do chamado mundo desenvolvido.

Quando vemos navios pesqueiros, principalmente os japoneses, que arrastam tudo, desde o fundo do mar com as suas redes em águas internacionais, onde não sobra nada, levando tudo para os porões dos seus enormes navios, sentimos que há muito desrespeito por tudo que a natureza nos dá.

É no mínimo muita falta de consideração para quem é absolutamente dependente dela.

Até o nosso Sol que está livre de nossa influência está mostrando fragilidades e que, com certeza, está influenciando o que aqui está acontecendo.

Um tsunami aqui, um terremoto dali a seis meses, um vulcão cobrindo todo o céu de brigadeiro um pouco mais tarde.... e assim vai a poderosa natureza mostrando que não haverá poder humano que nos proteja dela, quando ela começar a ser mais constante nos seus movimentos a fim de se recuperar.

O mundo está pequeno. Um desastre que desestabilize o mundo eletrônico que nos rodeia e o bem organizado controle financeiro ou qualquer outra instituição humana de forma globalizada pode ir pro pau.

Estamos frágeis, muito frágeis perante o que pode nos suceder e o homem fica estudando mecanismos para nos proteger de eventuais meteoros que entrem em linha de colisão com o nosso planeta. É muita arrogância, muita megalomania.

Não tem nem como cuidar do seu quintal e fica se imaginando em guerras estelares, em colonizar Marte, a Lua...

Relaxem sumidades cientificas.

Menos, menos...o buraco vai ser um pouco mais em baixo.

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