Numa letra, poema talvez
Encontro-me em prantos
De um ser espectral
Um tanto em pedaços
Sem sucessp tentando
Juntar restos, migalhas apenas
De um amor sentimental
Embora mais patalógico.
E o que sinto no meu ser
Em cada canção, momentos
Relembro sem felicidade
Dos velhos tempos.
Éramos nós, sós
Num contexto tão quanto
Mais puro que amantes
Se amando reciprocidamente.
E hoje, cada coisa
Cada sonho jogado aos cantos
Em vão, culminando mãgoas, ódios
Revolta tão mais revoltante que nós, revoltados.
Quanto tempo não nos falamos
Se antes, não podíamos viver sem,
Nem ver, ouvir, era como...
um dever de sobrevivência.
Com sua estupidez,
Quem sabe, minha covardia
Me tirei, deixei tudo...
Saí de vez de sua vida.
Mas , que vejo, uma lágrima tardia..
Aos olhos que não mais restam lágrimas,
alguma esperança, me erradia...
Sei que um dia, como nas outras vezes
Voltarás a me procurar,
Ainda que demore , inteira, uma vida...
Um dia trarás, consigo, a nossa alegria.
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