Vitória

Acostumei-me a todos prantos,
Longos espinhos, dias de paz,
Proporções cristalinas agro-doces,
Nos quais meu amor renasce da desventura.
A Inveja morre sempre na ternura,
Pois a paixão não a vence com olhos cerrados,
Nem o mais sutil veneno e cólera,
Esgota o poder do justo canto.
Transgredir todos os desafios,
Nuvens carregadas,
É vivenciar Quixote, Cyrano de Belgerrac,
Pois magia e encanto, todo movimento
Está nos sonhos do guerreiro.
Toda luta traz aromas,
Do mais simples, como a vitória,
Na fortaleza de recomeçar a vida,
Quando teu coração e alma me abrigam,
Corpo, chão e castelo
Untando todas as minhas feridas.