Já sentiu “seus ossos esfriarem” e seu corpo reagir de maneira confusa quando está próximo à pessoa amada, ainda que sem saber se pelo menos despretensiosamente ele é correspondido?
Pois é, o amor tem disso. É controverso, impugnante. Age com sua própria razão, apoderando-se de nossa alma. Torna-nos seres vulneráveis e ao mesmo tempo dependentes.
Sem disfarces, sem certezas. O amor é essa magia sinuosa, que o faz tão completo. Pulsa em nossa veia de forma magistral, imponente. É capaz de infringir as desavenças; de nos fazer rir mesmo quando não encontramos o verdadeiro motivo para isso, ainda assim, parece a melhor forma de expressar-nos.
O amor é a única energia inteligível capaz de tocar em nosso coração. Capaz de virar do avesso nossas idéias, nossas verdades. De nos fazer sofrer, chorar, sorrir.
O amor é esse vento irreverente que transcende a realidade. É a culpa, a insensatez, a lógica inconveniente.
Crônica escrita por Antonielson Sousa
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