A dor não quer parar,
Insiste em usurpar,
Meu sorriso,
Minha alegria,
Transformando meu dia,
Em uma completa agonia.


Eu bem que tento,
Me libertar,
Mas só me faz acordar,
E mostrar,
O quão sedento,
Estou por te beijar,
Por te abraçar.


Por vezes o não,
Parece ser a melhor opção,
Uma mentira como verdade,
Uma falta de lealdade,
Com o sentimento,
Com o alimento,
Da paixão,
Que existe no meu coração.


Mas dentro de mim,
O mundo acontece,
Sonhando com um sim,
O que tem aqui em meu peito,
Não faço idéia como foi feito,
Mas o amor deu seu jeito.
Me fazendo sentir,
Um amor e proporções gigantescas,
Estranhezas bem pitorescas,
Inimagináveis por um grande cafajeste,
Que foi apanhado,
Capturado,
Por surpresa incrível,
E inesquecível,
Pois nunca deve ter amado.


E agora ser confrontado,
Com a realidade,
Machuca demais,
Vem a verdade,
E corrói por dentro,
Me tira do centro,
Milhares de batidas
Que causam muitas feridas,
Que só podem ser tratadas por você,
Que eu só quero que você trate.


Ninguém poderá roubar,
O que sinto por você,
Muitas bem que vão tentar,
Me fazer reconhecer,
E perceber,
Que eu deveria parar,
De te amar,
De que com elas,
Eu deveria tentar,
Mas meu amor é só seu,
E eu nunca vou querer,
Que ele deixe de ser.

Eduardo Braune
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