Um dia,
Perderei a viçosidade do meu verde...
O tempo, esse implacável,
Me tornará
Folha seca de outono
Caída ao chão
Jogada à sorte
Levada pelo vento
Deixando pra trás
Alegria e lamento
Frutos, ao relento!
Nada mais me trará de volta,
Nem o choro do rebento!
Voltarei a ser o que fui,
Pó! Pó e nada mais.
E assim, é com todas as folhas
As de acácias,
Ipês e manacás
As de mangueiras,
Macieiras e ingás
As de jatobás
Perobas e jacarandás!
A vida foi, é e sempre será assim...
E ainda há quem não queira enxergar
Que não passa de uma folha aí
Que, com o tempo, o vento está a levar!...
Juiz de Fora, 28 de outubro de 2010
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