TRISTEZA DE UM PALHAÇO

Em um picadeiro da vida... um circo,
O mais galhardo palhaço chanfalhão,
Vivia de um mísero e irrisório badico,
Que ganhava em cada apresentação.

Ovação da platéia... a mais vibrante!
Para o artista a homenagem prestar;
Musicais letíficos da banda tocante,
E o espetáculo... jamais podia parar.

Ator da alegria... em cábula escondia:
Mágoas, dores... tudo em encenação;
Sorriso... era que o espectador queria,

Na face burlava com exímia perfeição,
O pano baixava, sua expressão sumia
Com a tristeza que invadia seu coração.