Epitáfio ao tempo

Epitáfio ao tempo

Desdenhas de mim, ho! vida
mesmo assim atribuo a ti a minha sorte.
(Vagará minha alma sedenta por paz?). “Não
caibo dentro de mim, no entanto permaneço vazio”.
Há de vir o dia que, do meu corpo, só restará
uma carcaça inútil e inerte cheirando a morte. E,
sobre uma pedra fria esperarei paciente e calmo
pelo ultimo contato com o mundo real, enfim
repousarei para todo o sempre sob a terra
da qual me alimentei e para a qual servirei
de alimento.
 
“Atravessar o tempo e servir-se do tempo,
amar o tempo e pelo tempo ser consumido”

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Jose Aparecido Botacini
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