A chuva molha ácida
A minha basáltica cara.
A chuva carboniza ávida
Todo o meu lirismo-crisálida.
A chuva á maneira incendiária
É uma navalha que mata e retalha
A medula dos sentidos da minha verve magmática.
A chuva, todavia,
Embala a esperança
Que pujantemente palpita
Nos corações das sertanejas almas,
Fazendo da terra ressequida, inexoravelmente devastada
Infinitos reinos de cristalina água:
Contínua florescência majestática
Das cataratas do Iguaçu e do Niágara!
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA