Quando o espelho reflete a insolência
Vejo-me fora de ti, escapo a direção
Da visão em que o brilho é violência
Aos olhos que te enxerga em distorção
 
Em cores que deflagram a minha inocência
Refém do olhar sem beleza e compaixão
Indiferente a dor e pela falta de consciência
Quando a tua gente não estende a tua mão
 
Na escuridão te tuas faltas, ofereço-te a luz
De crescer sem pecado e por eu ser amado
Na eternidade em que o laço apertado
 
Desfaz-se em nome da beleza que nos conduz
No colorido do olhar que pra ti sempre é rimado
Com a dor do nosso mundo no tempo entoado

Murilo Celani Servo
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